Cabo Verde abre-se à indústria mundial da música

Praia – A capital cabo-verdiana acolhe, até esta quarta-feira, 10 de Abril, um dos maiores eventos mundiais da música, a Atlantic Music Expo (AME), considerado o corolário do ambicioso programa lançado há dois anos, pelo ministro da Cultura, que visa transformar a muito apreciada música «crioula» numa economia criativa, capaz de criar riqueza.

«Uma autêntica feira da música», foi como o ministro Mário Lúcio Sousa apresentou a Atlantic Music Expo Cabo Verde que, segundo ele, «veio para ficar, existindo um contrato de três anos com a Womex, a maior feira de música do mundo, o que garante a sua continuidade».

Durante os próximos três dias, a indústria da música apresenta-se na capital cabo-verdiana com cerca de 100 profissionais estrangeiros, incluindo produtores, músicos, empresários, agentes, distribuidores, directores de festivais e de salas de espectáculo, bem como jornalistas especializados de mais de 40 países.

Do programa constam 20 «showcases», com dez artistas nacionais e dez figuras internacionais, quatro «workshops» e cerca de dez concertos, além de um «showroom» de instrumentos de corda e percussão, equipamentos e acessórios musicais e diversos stands de serviços públicos e privados, ligados à música.

Os chamados «Speed Meetings» constituem o ponto alto da AME Cabo Verde, particularmente para os músicos, empresários e distribuidores cabo-verdianos, que muito dificilmente têm a oportunidade de encontrar os «fazedores» da indústria musical internacional.

Estão agendados 240 «Speed Meetings» de 15 minutos, entre participantes das ilhas e especializados, em que haverá apresentação de obras, troca de informações, conselhos e até agendamento de concertos.

«A música cabo-verdiana tem de contribuir para a economia do país e os que a fazem devem viver dela com dignidade», explicou o ministro da Cultura, que é músico multifacetado, escritor e pintor.

Para Mário Lúcio Sousa, a AME é a melhor plataforma para a música cabo-verdiana se afirmar como parte da «economia criativa, capaz de criar riqueza e tirar os nossos músicos, sejam eles compositores, intérpretes ou tocadores de instrumentos, dessa dependência ou mentalidade assistencialista».

Para o produtor João Pires «só com iniciativas do tipo os artistas cabo-verdianos vão conhecer a realidade da arte, ou seja, não basta apenas ter qualidade mas criar, vender o produto e, assim, obter recursos para continuar na estrada».

O Atlantic Music Expo Cabo Verde arrancou este Domingo, 7 de Abril, com a abertura oficial mas entra hoje em «velocidade de cruzeiro».

O Brasil, com cerca de 40 participantes, é o país com maior presença no evento, que atraiu jornalistas de 40 países, alguns provenientes de grandes mercados como o americano, o inglês, o francês, o alemão, o sul-africano e o brasileiro.

origem:kapvert.com”

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